
Se a sua piscina já foi construída e precisa de ser legalizada, terá que regularizar a situação junto da Câmara Municipal. Este processo pode variar consoante as características da piscina e do terreno. Segue um guia prático:
1. Verifique a legalidade da construção
Antes de avançar com a legalização, é importante confirmar se a piscina pode ser regularizada:
Consulte o Plano Diretor Municipal (PDM) para verificar as regras aplicáveis à sua zona.
Certifique-se de que a construção da piscina não viola normas ambientais, de urbanismo ou de segurança.
2. Prepare a documentação necessária
Para iniciar o processo de legalização, normalmente serão necessários os seguintes documentos:
Projeto de arquitetura "as-built" (como construído): Descreve a situação real da piscina, elaborado por um arquiteto ou engenheiro.
Memória descritiva e justificativa: Explicando as características da piscina e sua conformidade com as normas legais.
Plantas e levantamentos topográficos: Incluindo localização exata e impacto na propriedade.
Fotografias da piscina: Mostrando o estado atual da construção.
Título de propriedade do terreno: Para comprovar que é o proprietário.
Comprovativo do pagamento de taxas municipais: A Câmara informará os valores a pagar.
3. Submeta o pedido de legalização
Pode apresentar o pedido de legalização:
Online: Através do portal da Câmara Municipal, no Balcão do Urbanismo.
Presencialmente: Num balcão de atendimento ao público da Câmara.
No pedido, deve identificar que a piscina já foi construída e está a solicitar a sua regularização.
4. Acompanhe a análise do pedido
Após a submissão, a Câmara:
Analisará a conformidade da construção com as normas urbanísticas e ambientais.
Poderá solicitar alterações, ajustes no projeto ou documentos adicionais.
Em caso de aprovação, emitirá o Alvará de Licença de Utilização para a piscina.
5. Regularize eventuais infrações
Se a piscina não estiver em conformidade com as regras aplicáveis, pode haver necessidade de:
Realizar alterações ou obras para corrigir irregularidades.
Pagar coimas ou taxas adicionais associadas à construção não licenciada.
6. Considere outros aspetos legais e fiscais
Impacto no IMI: A legalização da piscina pode aumentar o valor patrimonial tributário do imóvel, refletindo-se no Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI).
Regras de segurança: É obrigatório garantir barreiras de proteção ou medidas de segurança, especialmente em propriedades acessíveis ao público ou com crianças.
7. Consulte um profissional
Se o processo parecer complexo, considere contratar um:
Arquiteto ou engenheiro: Para preparar o projeto "as-built" e ajudar no processo de submissão.
Advogado especializado em urbanismo: Caso enfrente dificuldades com a Câmara ou tenha dúvidas legais.
Nota Importante
Construções feitas sem licença prévia estão sujeitas ao Regime Jurídico da Urbanização e Edificação (RJUE). Em casos de incumprimento grave, a Câmara pode ordenar a demolição ou impedir o uso da piscina, embora a legalização seja muitas vezes possível mediante cumprimento das exigências legais.
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