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O processo de medições e estimativa de custo de um projeto de construção é um componente essencial na gestão financeira e na execução de obras. Ele se baseia na elaboração do mapa de quantidades detalhado, que descreve as diferentes tarefas, materiais, sistemas e componentes necessários à construção. A partir desse mapa, é realizada a estimativa de custo da obra, com o objetivo de determinar o orçamento necessário para a execução do projeto.


1. Elaboração do Mapa de Quantidades Detalhado

O mapa de quantidades detalhado tem como função registrar todas as atividades, materiais e componentes necessários para a execução da obra. Esse documento deve ser elaborado com base em critérios específicos e normativos para garantir a precisão e a clareza das medições, considerando:


a. Normas Oficiais de Medição em Vigor

O primeiro critério é o cumprimento das normas oficiais de medição que estejam em vigor em Portugal, como o Regulamento Geral de Edificações Urbanas (RGEU) e outras normas técnicas definidas por entidades oficiais. O Sistema de Normalização de Custos (SNC) e as normas do Instituto de Informática e Contabilidade da Ordem dos Engenheiros (O.E.) também são referenciados nesse contexto.


b. Normas do Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC)

Em segundo lugar, as normas do Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC), que são amplamente reconhecidas em Portugal, devem ser seguidas. O LNEC desenvolve diretrizes técnicas que ajudam a garantir que as medições e quantidades estejam de acordo com as melhores práticas de engenharia civil e construção.


c. Normas do Projeto de Execução

Por fim, o projeto de execução do edifício, elaborado por arquitetos e engenheiros responsáveis, também estabelece regras específicas para a execução das medições, respeitando a tipologia e as particularidades do projeto. O projeto de execução detalha as especificações técnicas que serão seguidas na obra e pode incluir detalhes sobre o tipo de materiais, acabamentos e sistemas construtivos a serem empregados.


2. Objetivos do Mapa de Quantidades

O mapa de medições tem como objetivo fornecer uma base sólida e detalhada para a licitação da obra (concurso de empreitada), permitindo que os empreiteiros, fornecedores e outras partes interessadas possam calcular os custos totais da obra. Ele deve ser elaborado de forma clara e objetiva para evitar ambiguidades e garantir que todos os elementos da obra sejam contemplados de maneira justa e transparente.


3. Estimativa de Custo da Obra

A estimativa de custo é a projeção do valor total necessário para a execução da obra, elaborada com base no mapa de quantidades detalhado. Este processo envolve diversos elementos:


a. Cálculo das Quantidades

Primeiramente, as quantidades de materiais e serviços devem ser calculadas a partir do mapa de medições. Cada tarefa, como escavações, fundações, estrutura, acabamentos, instalações, entre outros, deve ser quantificada, levando em consideração as unidades de medida (m², m³, kg, unidades, etc.).


b. Definição de Custos Unitários

A segunda etapa consiste em atribuir custos unitários a cada item do mapa de quantidades, com base em preços de mercado atualizados. Isso inclui o custo de materiais, mão-de-obra, equipamentos e eventuais encargos adicionais (ex. custos de transporte, impostos, etc.). Esses custos podem ser extraídos de bases de dados e tabelas de preços de construção, que são amplamente usadas em Portugal.


c. Cálculo do Custo Total

A estimativa de custo total é realizada somando o valor das quantidades de cada item multiplicado pelo seu custo unitário. O valor resultante é o custo total da obra, que deve incluir não apenas os custos diretos com materiais e mão-de-obra, mas também os custos indiretos, como administração, segurança no trabalho, licenças e outros custos operacionais.


d. Contingências e Riscos

Além disso, deve-se considerar uma margem para imprevistos e contingências, que podem ocorrer durante a execução da obra. Esta margem pode ser definida com base na experiência prévia de obras semelhantes e na análise de riscos potenciais (ex. aumento no preço dos materiais, variações climáticas, problemas de fornecimento, etc.).


4. Documentação para Concurso de Empreitada

A documentação que acompanha o mapa de medições e a estimativa de custo deve ser organizada de forma clara e objetiva, permitindo que os empreiteiros possam apresentar suas propostas de maneira competitiva. Para isso, o mapa de medições deve incluir:

  • Lista detalhada de atividades e serviços a executar

  • Quantidades específicas de cada material e componente

  • Custo unitário e total de cada item

  • Condições gerais de execução e especificações do projeto


5. Conclusão

A medição e a estimativa de custo de um projeto de construção são processos fundamentais para assegurar que o orçamento da obra seja realista e esteja em conformidade com as normas técnicas e legais. A elaboração do mapa de quantidades detalhado deve ser feita com base nas normas oficiais, as diretrizes do LNEC e as especificações do projeto de execução. A partir desse mapa, é possível realizar uma estimativa precisa dos custos da obra, considerando todos os elementos necessários para a sua conclusão com sucesso.

Um pedido de legalização de obras num edifício ou fração deve ser feito sempre que sejam realizadas obras sem a devida licença ou em desconformidade com o projeto previamente aprovado pela Câmara Municipal. Esta regularização é essencial para evitar sanções legais e assegurar a conformidade com as normas urbanísticas. Eis os casos principais em que se deve pedir a legalização: obras realizadas sem licença, obras em desconformidade com o projeto aprovado, necessidade de regularização após fiscalização, alteração do uso sem autorização.

  • Legalização de obras de construção realizadas sem licença

  • Legalização de obras em desconformidade com o projeto aprovado

  • Legalização de edifícios ou frações semilegais por ampliação.

  • ​Legalizção de edificios ou frações semilegais por alteração material.

  • ​Legalização de edifcios ou frações semilegais por alteração de utilização.​​​​​​​​​​​​​​

O projeto de condicionamento acústico é um estudo técnico que visa otimizar o comportamento sonoro de espaços internos em edifícios ou frações. O objetivo principal é melhorar a qualidade acústica do ambiente, garantindo que o som seja percebido de forma clara, equilibrada e sem distorções, especialmente em locais onde o desempenho acústico é essencial, como auditórios, salas de aula, teatros, estúdios de gravação ou salas de reuniões.

Diferença entre Condicionamento e Isolamento Acústico
  • Isolamento Acústico: Reduz ou impede a transmissão de ruído entre diferentes compartimentos ou do exterior para o interior.

  • Condicionamento Acústico: Trabalha o som dentro do espaço, controlando reflexões, reverberações e absorções para alcançar um ambiente sonoro adequado à sua finalidade.

Objetivos do Projeto de Condicionamento Acústico:
  1. Reduzir a ReverberaçãoControlar o tempo que o som leva para "morrer" em um espaço, evitando ecos e melhorando a clareza sonora.

  2. Uniformizar a Propagação do SomGarantir que o som seja distribuído de forma homogênea em todo o espaço, sem "zonas mortas" ou concentrações excessivas.

  3. Adequar o Ambiente ao Uso PrevistoAjustar as características acústicas do espaço às suas funções específicas (e.g., inteligibilidade da fala em salas de aula ou nitidez musical em concertos).

Elementos de um Projeto de Condicionamento Acústico:
  1. Estudo das Características do EspaçoAnálise das dimensões, formas, materiais de acabamento e uso do ambiente para identificar problemas como:

    • Reflexões indesejadas.

    • Acúmulo de energia sonora em determinados pontos.

    • Excesso ou falta de absorção sonora.

  2. Simulações e Modelagem AcústicaUtilização de software especializado para prever o comportamento do som no ambiente e identificar soluções otimizadas.

  3. Especificação de Materiais e SoluçõesSeleção de elementos como:

    • Painéis absorventes para reduzir reverberação.

    • Difusores acústicos para dispersar o som de maneira uniforme.

    • Barreiras ou cortinas acústicas para controlar reflexões.

    • Forros e revestimentos acústicos.

  4. Desenhos TécnicosIndicação precisa da localização e montagem dos elementos acústicos no espaço, considerando a estética e funcionalidade.

  5. Memória Descritiva e JustificativaDocumento que explica as intervenções propostas, materiais selecionados e como as soluções atendem aos objetivos acústicos específicos.



    Exemplos de Aplicação:

    • Salas de Aula: Garantir inteligibilidade da fala, minimizando ruídos internos.

    • Auditórios e Teatros: Proporcionar equilíbrio entre clareza e envolvimento sonoro para diferentes tipos de apresentações.

    • Estúdios de Gravação: Criar um ambiente controlado, sem interferências acústicas, para a produção de áudio de alta qualidade.

    • Restaurantes e Espaços Comerciais: Reduzir a sensação de ruído ambiental, promovendo conforto aos clientes.

    • Escritórios e Call Centers: Melhorar a acústica para comunicação eficiente e produtividade.


O projeto de condicionamento acústico é elaborado de acordo com Decreto-Lei n.º 96/2008 de 9 de Junho – “Regulamento dos Requisitos Acústicos dos Edifícios (RRAE)” e o Decreto-Lei n.º 9/2007 de 17 de Janeiro – “Regulamento Geral do Ruído”, de forma a escolher soluções construtivas capazes de dotar o edifício de maior conforto acústico da maneira mais económica possível dada a vasta gama de soluções construtivas disponíveis no mercado atual.

Uma vez que a arquitetura já coloca pormenores construtivos a adotar na construção dos edifícios, parte-se dessa base e o projeto é feito de forma a estudar o desempenho acústico dos edifícios.

Este projeto é apresentado nas entidades competentes composto por termo de responsabilidade, indicando o técnico autor do projeto, categoria da obra, local da obra, identificação do requerente e identificação da regulamentação em vigor, memória descritiva e justificativa apresentando o local da obra, soluções construtivas adotadas, procedimento de cálculo utilizado, aspetos construtivos, cálculos já mencionados, peças desenhadas compostas por implantação do edifício, plantas com a identificação dos elementos a verificar os requisitos acústicos e pormenores construtivos, Declaração de inscrição do técnico na Ordem dos Engenheiros e Apólice de seguro de responsabilidade civil. Este projeto não necessita de certificação externa, sendo entregue apenas na respetiva Câmara Municipal.


Importância do Condicionamento Acústico

Além de melhorar a experiência dos utilizadores, o projeto de condicionamento acústico valoriza o imóvel e pode ser um requisito para determinados tipos de licenciamento, dependendo da finalidade do espaço. A atenção à acústica é especialmente importante em locais onde a qualidade sonora impacta diretamente na funcionalidade ou no conforto do ambiente.

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